Todo mundo que está no ramo empresarial gostaria que sua marca fosse um sucesso, se tornasse referência e alcançasse a liderança do mercado. Falamos um pouco sobre esse último tópico no post passado, se você perdeu, confere lá! Hoje vamos falar sobre essa questão de como alavancar uma marca ao “poder”, mas, antes de tudo: você sabe o que é uma marca?
De acordo com Paul Stobart na coleção Biblioteca de Gestão, se colocarmos de maneira simplificada, uma marca é a diferença entre qualquer copo de água açucarada com gás e a Coca-Cola. De uma maneira mais teórica, ainda nas palavras do autor, a marca “é o somatório das características funcionais e emocionais, tangíveis e intangíveis, que um consumidor atribui a um produto ou serviço”, e tudo isso fica marcado através de um nome, ou até de um logotipo. Isso é a marca. Hoje em dia, essa definição vem sendo cada vez mais estendida e repensada, e até pessoas, como astros hollywoodianos, por exemplo, vêm se considerando e se vendendo como marcas.
As marcas são importantes porque são a estratégia mais valiosa de uma empresa. “Sem marcas viveríamos em um mundo de comoodities – produtos não-diferenciados que são comercializados tão-somente na base de seus preços, de acordo com as leis de oferta e procura”, diz Stobart. Se a gente pensar de uma forma romântica, isso parece bastante justo até. Mas vivemos inseridos em uma sociedade capitalista e precisamos nos adequar a ela se quisermos alavancar nosso próprio negócio. Além disso, as marcas são importantes para os consumidores porque ajudam a nortear suas decisões no meio de um mundo de opções.
Agora que já entendemos o que é uma marca, como podemos torna-la poderosa? Bem, o primeiro e mais importante conceito na criação de uma marca poderosa é a Diferenciação. Ainda de acordo com Paul, existem quatro categorias genéricas nas quais sua marca pode se encaixar. São elas:
– Commodity: Quando a oferta não é diferenciada nem como produto, nem como serviço. Metais preciosos e alimentos não identificados, por exemplo, vêm sendo comercializados dentro desse nicho.
– Marca de Produto: Quando a oferta é diferenciada em termos de produto, mas não de serviço. Na prática, a maioria dos produtos de consumo é uma marca de produto. Um automóvel, por exemplo, se encaixa nessa categoria.
– Marca de Serviço: É uma oferta que se baseia no oferecimento de um serviço intangível, como uma empresa de consultoria financeira, por exemplo, ou de limpeza.
– Marca de Sistema: Quando uma oferta é diferenciada tanto pelo produto quanto pelo serviço, como por exemplo o McDonald’s, em que a experiência do consumidor é baseada tanto no produto como na rapidez do serviço.
Após avaliarmos em que categoria nossa marca de encaixa na diferenciação, precisamos pensar então no Posicionamento, que define o público alvo e a situação da marca em relação à concorrência. É necessário também se preocupar com a criação da Identidade de Marca, que é a agregação de palavras, imagens e ideias que o consumidor vai relacionar com sua marca. Isso tem sido cada vez mais importante nos dias de hoje, nos quais o consumidor jovem quer consumir cada vez mais marcas que funcionem como uma expressão de suas crenças, preferências e ideologias.
Na semana que vem falaremos mais sobre a parte prática da criação de uma marca: depois que todas as questões mais intangíveis já foram pensadas e decididas, qual o próximo passo? Continue aprendendo sobre marketing conosco!